quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

VOLTA ÀS AULAS, TORTURA OU PRIVILÉGIO?





Muitos jovens vêem o fim das férias como início de uma tortura. Tirando a parte de reencontrar os amigos, é como se voltar às aulas fosse o pior dos pesadelos e que o início do ano letivo seja nada mais nada menos que o início de dias que passarão fazendo o mínimo para passar de ano.

Mas como convencer estes jovens de que a educação é realmente importante? Um investimento a longo prazo, onde quem não se empenha sentirá os prejuízos no futuro.

O livro “Minha mãe me ensinou a sonhar” tem se mostrado uma forma eficaz de estimular jovens e adultos a verem o estudo com outros olhos. Esta cativante história real mostra como a educação fez uma jovem mãe solteira ter forças, mesmo em meio à pobreza, para mostrar à sua filha única que a educação as ajudaria a ter uma vida melhor, igual à que viam na televisão. Mas, para isso, tinham que sair da frente dela.

Esta história é especial, porque ela mostra o possível. Esta mãe não apostou todas as fichas na educação da filha, mas na dela mesma. Queria servir de exemplo para provar que a mudança é possível. Afinal, filhos não aprendem com palavras, mas com exemplos.

Desacreditada até mesmo pela família, Miriam Machado privou a filha de brinquedos, televisão, roupas, tudo em nome de realizar seu sonho: estudar e vencer pela educação. Para pagar as passagens para a faculdade pública, vendia bolo. Criando a filha sozinha, se alegrava na conquista de um emprego, mas enfrentava o desespero quando o perdia e tinha que dar passos para trás.

Em alguns momentos teve que lidar com a justa revolta da filha, quando as coisas ficavam difíceis demais e o tal retorno por meio da educação parecia pura utopia. Como explicar a uma criança que vamos comer o resto do almoço, doado pela igreja, porque os centavos que sobraram serão guardados para a tal educação?

Mas deu certo. Hoje Miriam é gerente de projetos e professora de pós-graduação. Sua filha se formou em jornalismo, é especialista em jornalismo literário, escritora de sucesso e viaja o mundo, coisa com a qual, antes, apenas sonhava nas linhas dos livros que devorava.

“Minha mãe me ensinou a sonhar” deixa claro que não existem fórmulas, mas objetivos. Talvez, por isso, esteja sendo considerado uma leitura obrigatória, não só para pais e filhos que são privados de itens básicos, mas também para pais com boas condições financeiras, que buscam nas entrelinhas formas de ensinar a seus filhos como sonhar e, principalmente, a importância do estudo.

Essas duas vitoriosas são mais do que um exemplo de superação, são um exemplo a ser seguido por todos que sonham com uma vida melhor e estão dispostos a aprender.

Esta história é única, porque cada ser humano é único, mas o exemplo que esta mãe passou para a filha merece ser propagado para que seja multiplicado. As duas são uma prova de que a educação nos exige um longo caminho, mas o retorno é tão duradouro quanto a vida.

Serviço- completar

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